Ele apontou essa necessidade ao receber, das mãos do presidente da Fiergs, Heitor José Müller, o estudo Sul Competitivo, que lista 51 obras de infraestrutura de transporte necessárias para a região e que demanda um investimento de R$ 15,2 bilhões até 2020. A entrega aconteceu durante o Encontro Nacional do Setor da Construção Pesada (Ensecope), realizado na Capital.
“Temos aqui os trabalhos entregues pela CNI,
pela CNT, pela CNA, pelo Ministério dos Transportes. Precisamos fazer um acordo
em um programa de intervenções que vamos consolidar e validar com representações
da sociedade e do governo e, aí, vamos trabalhar como continuidade do programa
(de concessões rodoviárias e ferroviárias) que acabou de ser lançado pela
presidente”, afirmou ele.
Figueiredo destacou a alteração feita
recentemente no Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte
(Conit, órgão de assessoramento vinculado à presidência) para incluir
representantes da iniciativa privada. “Agora, o Conit passa a ser formado por
seis ministros de Estado e seis representantes da sociedade civil. E a EPL é que
fará a função de secretaria executiva do Conit, o que legitima a empresa junto a
outros organismos do governo”, detalhou.
Durante seu pronunciamento, o presidente da EPL
detalhou os avanços alcançados na capacidade de investimento em infraestrutura
de transportes desde o início do primeiro governo Lula, quando a verba do
Ministério dos Transportes era de R$ 1 bilhão ao ano. Atualmente, o País tem R$
20 bilhões em obras sendo executadas, o que Figueiredo classificou como um
programa agressivo de execução, apesar de reconhecer que o Brasil ainda tem
problemas na realização de obras. “O PAC é importante, mas não é tudo. E o
Brasil não pode esperar mais pelas obras necessárias para superar o déficit de
infraestrutura. É necessário ampliar o investimento, mas isso não pode ser feito
unicamente à custa do Poder Público, por isso o governo lançou o programa, para
trazer a iniciativa privada e alcançar, além do objetivo de ampliar o
investimento, um ganho de eficiência na gestão”, detalhou.
Para o presidente do Sindicato da Indústria da
Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplenagem em Geral no Estado
(Sicepot), Nelson Sperb Neto, essa unificação representa um ideal para o setor.
“E, se existe alguém capaz de fazer isso, é o Bernardo Figueiredo, até pela
experiência que ele teve na ANTT”, avaliou. Fonte da informação: Jornal do Comércio/RS