Sindicatos dos transportes - e transportadores dos Estados de Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul reuniram-se em Chapecó/SC, para discutir e buscar soluções para o elevado custo do setor e publicam a “Carta dos Transportadores do Sul”.
Este é o resumo da
situação das empresas de transporte de cargas que atinge violentamente também o
Sul do País. Sindicatos e transportadores de regiões dos Estados de Santa
Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul debateram o assunto em Chapecó. Posição
definida foi tomada para reverter as comprometedoras instabilidades no setor.
A reunião organizada pelo Sindicato das Empresas de Transporte
de Carga e Logística de Chapecó - Sitran contou com a participação dos sindicatos
da categoria econômica de Concórdia, Catanduvas, Videira (SC) e Toledo (PR),
mais cooperativas de transportes de Concórdia, Itajaí (SC) e Marau (RS). Estão
envolvidos ao movimento ainda, os sindicatos de Francisco Beltrão e Dois
Vizinhos (PR) e uma cooperativa de Joaçaba (SC).
Nestes municípios,
computando apenas os transportadores presentes ao encontro, circula uma frota
de 12 mil caminhões transportando cargas para agroindústrias (o agronegócio é o
principal tomador de serviços) e embarcadores. Há absoluta descapitalização das
empresas, “fato que compromete fatalmente o setor de transportes”, lamenta o
presidente do Sitran Deneraci Perin. Diante da delicada situação há
generalizado e absoluto descontentamento. Os transportadores acumulam elevados
prejuízos ao longo dos anos “situação que não pode continuar”, pondera o
dirigente sindical. A posição tem o aval de todas as demais instituições.
No encontro de Chapecó, de
onde saiu documento denominado “Carta dos Transportadores do Sul”, ficou firmado
pacto de ação conjunta e unificada. Foi criada comissão para sensibilizar os
embarcadores (empresas que utilizam os serviços dos transportadores) à promoção
de aumento no frete em percentual de 14,11%. Estudos técnicos e econômicos
mostram que esta é a defasagem que se arrasta há anos.
Além do ajustamento de
valores do frete, o documento reivindicatório trata do pagamento de diárias,
manutenção do percentual diferenciado na tarifa para caminhões com tecnologias
distintas, política de reajuste das tarifas, carga e descarga de mercadorias
sem ônus para o transportador. Outro forte pedido e a legitimidade das
entidades sindicais como representantes negocias dos transportadores junto aos
embarcadores. Os sindicatos pedem o apoio dos embarcadores para a rejeição do
projeto de lei que objetiva a majoração das alíquotas substitutivas da
Contribuição Previdenciária Patronal - CPP que incide sobre o faturamento
(desoneração da folha). O movimento defende a manutenção da atual alíquota de
1% da contribuição sobre o faturamento.
Os transportadores
encaminharam o documento aos embarcados em caráter de urgências, já nesta
quinta-feira (5). A continuidade normal dos trabalhos do segmento está
condicionada ao atendimento das demandas. Alertam que revés nos pleitos ou falta
de contato para agendamento de reunião com a comissão negocial dentro de dez
dias, poderão acarretar prejuízos aos serviços. Também motivará nova reunião
das entidades para deliberar as próximas ações.
O SETCOM esteve
representado pelo presidente Paulo Simioni, vice-presidente Tarcisio Vizzotto,
diretor executivo Édiner Carissimi e supervisor do extremo oeste Hugo Walter.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sitran