O presidente da Câmara dos
Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), declarou hoje (13/06/2018), em entrevista,
que não é possível criar uma tabela que agrade todas as partes e criticou a
proposta do governo de estabelecer uma tabela de preço mínimo para o frete.
Na
avaliação do parlamentar fluminense, não há como fechar uma tabela que agrade a
todos os envolvidos.
"É
impossível você fechar uma tabela de preço mínimo para o frente", afirmou
Maia em entrevista após evento promovido pela Abert (Associação Brasileira das
Emissoras de Rádio e Televisão). "Esse debate vai continuar até que se
perceba que não era a melhor solução", declarou.
A
edição de MP (medida provisória) com tabela de preço mínimo de fretes fez parte
do acordo do governo com os caminhoneiros para por fim à greve da categoria.
Até agora, o governo já publicou duas tabelas. A primeira desagradou as
transportadoras e a segunda, aos caminhoneiros.
Toda
essa polêmica levou a Associação do Transporte Rodoviário de Cargas do Brasil a
entrar com ação no STF (Supremo Tribunal Federal). Para a entidade, tabelar os
preços fere a economia de mercado" e amplia a possibilidade de movimentos
que tentam pressionar o governo.
Relator
da ação, o ministro Luiz Fux, decidiu aguardar a negociação entre governo e
empresas de transporte de carga antes de decidir sobre pedido para suspender a
medida provisória que instituiu preços mínimos para os fretes. "Essa é uma
solução que o governo vai ter que encontrar", disse.
O
presidente da Câmara também relatou dificuldades para se votar na Casa, o novo
Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargos, outra demanda dos
caminhoneiros. Segundo Maia, o texto ainda não foi votado no plenário porque
"a cada hora aparece um problema".
Cessão onerosa
Na
entrevista, o parlamentar fluminense também defendeu a aprovação do projeto que
libera a Petrobras a vender parte das áreas da cessão onerosa do pré-sal da
Bacia de Santos.
Segundo
ele, em reunião na terça-feira (12), o novo presidente da Petrobras, Ivan
Monteiro, relatou que a área deve gerar 500 mil empregos no País.
Fonte da informação:
Estadão, por Agência Estado, 13/06/2018 - 12h37 , Marcelo Camargo/Agência Brasil
Estadão, por Agência Estado, 13/06/2018 - 12h37 , Marcelo Camargo/Agência Brasil
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