Plano da Fiesp sugere que economia comece a abrir
cada setor ou segmento, aos poucos, mas
com prazos definidos.
Um dos exemplos de retomada das atividades econômicas vem dos Estados
Unidos, aonde, dia 16/04/2020, o governo de Donald Trump delineou um plano com três
etapas, ainda que deixando a cargo dos estados a decisão de quando abrir
novamente o comércio.
A Fiesp - Federação das Indústrias de São Paulo - divulgou dia 18 último, um
plano nacional para retomada das atividades econômicas em meio ao avanço da pandemia de
coronavírus e à prorrogação das medidas de isolamento social em alguns estados.
Seguindo a linha adotada pela
Organização Mundial da Saúde (OMS), a entidade patronal não estabelece uma
data, mas parâmetros para o processo de reabertura da economia. Segundo a
assessoria da Fiesp, as realidades de estados e municípios Brasil afora são
diversas, assim como também são as competências para definir o que abre - e
quando abrir.
O documento de 70 páginas sugere uma retomada por etapas.
No 1º dia,
poderiam abrir creches e escolas, comércio varejista, restaurantes e o
transporte no horário de pico.
No 14º dia, ou
seja, duas semanas depois, abririam shopping centers e demais serviços.
No 28º dia, seria
liberada a entrada em parques mediante controle de acesso.
No 42º dia, quase
um mês e meio após a volta de escolas, estaria liberado o acesso a cinemas,
academias, teatros, museus e universidades, segundo o documento.
Sugestões de horários
O documento traz ainda sugestões de novos horários para as atividades
econômicas, de modo a evitar aglomerações.
Boa parte da indústria funcionaria
das 6h as 15h.
O comércio varejista abriria das 12h as 21h.
Serviços de
escritórios ficariam na faixa de 10h às 19h.
As regras de convivência, segundo o
documento, deveriam ser avaliadas a cada sete dias e, com isso, “os protocolos relaxados ou intensificados.”
- Uma liberação completa dos
protocolos estaria condicionada à evolução da epidemia no país, diz o
documento.
Sugestão será enviada à Casa Civil
Segundo a Fiesp, o documento foi
elaborado por 40 membros do conselho da entidade, além de médicos que se
debruçaram sobre os planos de retomada econômica de 16 países onde a pandemia
de Covid-19 está em estágio mais avançado, como Estados Unidos, Itália, China e
Espanha.
O documento deve ser encaminhado ao
ministro da Casa Civil, Braga Netto, presidente do comitê de crise do governo
federal contra o coronavírus, além de governadores e prefeitos. A ideia é o
plano servir de guia para governos planejarem a retomada das atividades,
segundo nota à imprensa assinada pelo presidente da Fiesp, Paulo Skaf.
A recomendação da Fiesp vem na
esteira de diretrizes globais para a retomada das atividades econômicas
pós-epidemia.
Na última quarta-feira (15) a
Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou aos países que decidirem aliviar
as restrições impostas para combater a disseminação do coronavírus a esperar ao
menos duas semanas entre cada etapa da reabertura, a fim de medir o impacto da
medida antes de um novo relaxamento.
O anúncio veio um dia depois de a
Comissão Europeia, órgão executivo da União Europeia, estabelecer três
critérios técnicos para o relaxamento das medidas de distanciamento social.
Para a Comissão, os países devem verificar se houve uma diminuição
significativa de casos por um período "estável", se há capacidade
suficiente de assistência à saúde, especialmente em termos de unidades de
terapia intensiva (UTIs), e se há capacidade de realizar testes em larga
escala.
Nos Estados Unidos, na quinta-feira
(16) a Casa Branca delineou um plano com três etapas para retomada das
atividades econômicas. Além disso, o governo do republicano Donald Trump deixou
a cargo dos estados a decisão de abrir novamente o comércio.
Fonte: O Globo - Economia
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