- FICOU PARA SEXTA-FEIRA, dia 08, a publicação
da nova tabela de fretes.
A ANTT (Agência
Nacional de Transportes Terrestres) havia previsto quinta-feira, 7 de junho,
mas não conseguiu concluir.
Assim, as
incertezas continuam e lideranças da indústria e de agronegócio manifestam intenção
de ir à justiça, o que preocupa o presidente Temer porque foi a tabela que
ajudou a acabar com a paralização dos caminhoneiros.
Ao
Estadão, o ministro dos Transportes, Valter Casimiro havia dito que "a
ANTT publicaria até quinta-feira a tabela de frete nova, com mais tipos de
caminhão; em um caminhão maior, com mais eixos, o preço será diluído",
disse ele.
Questionado
se o governo se comprometeu a anistiar as MULTAS DOS CAMINHONEIROS e DAS EMPRESAS
DE TRANSPORTE, o ministro respondeu: "o governo não prometeu nada".
Casimiro
explicou também que a tabela publicada no último dia 30 de maio provocou algumas
distorções sobre os valores apresentados, tipos de veículos, entre outros
pontos que causaram polêmica após sua divulgação.
No
entanto, sobre essa nova tabela e o que vem com ela também há muita incerteza,
uma vez que líderes de todos os
setores da economia se posicionam contra o tabelamento e já informam que irão à
justiça para resolver o problema.
No agronegócio, as ações
deverão ser lideradas pela CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil), como já informou seu presidente, João Martins da Silva Júnior.
"Tem
de rever a tabela, ou a CNA vai tomar todas as medidas possíveis, até ir para a
Justiça e questionar sua legitimidade", disse Martins. "O bom senso
não prevaleceu ao se fazer essa tabela", completa.
Em
sua nota técnica, a CNA mostra que a tabela pode causar aumentos que
atingem até 51% para o transporte de grãos, considerando frete retorno; e, de
até 152%, se o caminhão retornar para a origem sem carga.
Outras instituições também
já têm se mobilizado para entrar com ações judiciais contra o tabelamento dos
fretes, com o a CNI (Confederação Nacional da Indústria), por exemplo. A
entidade afirma que essa é uma medida que "provoca prejuízos extremamente
danosos para uma economia já fragilizada".
A
Anec (Associação Nacional de
Exportadores de Cereais) também alertou que pode ir à Justiça.
A
estimativa da instituição é de que os produtores de grãos poderiam ter um custo
extra na casa dos US$ 3,7 bilhões uma vez que a tabela não seja revista. No
caso do arroz, a CNI estima um aumento de 35% a 50% no custo do frete.
No
governo federal, o presidente Michel Temer e sua equipe temem que os acordos
firmados com os caminhoneiros nas últimas semanas - após uma paralisação que
durou 11 dias e travou o país - sejam desfeitos na Justiça. Além das ações
contra a tabela dos fretes, já se discute também a inconstitucionalidade da
fixação do preço dos combustíveis.
Anunciado
em R$ 0,46 por litro, o corte efetivo do preço do óleo diesel deverá ser de R$
0,41, como afirmou o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, em uma entrevista
na Rádio CBN nesta semana, situação que também desagradou os caminhinhoneiros.
O setor, inclusive, já ameaça fazer uma nova paralisação caso a tabela de
fretes trazida pela ANTT no último dia 30 seja alterada.
"É
muito mais sério do que isso, trata-se de um enorme retrocesso. Quando se
tabela o frete, estamos tabelando o frete para cima e inibe concorrência entre
os caminhoneiros", explica o consultor em agronegócio Ênio Fernandes, da
Terra Agronegócios. Ele explica ainda
que os preços têm capacidade diferente de absorver este aumento dos custos dos
fretes.
Para
Fernandes, essa é mais uma medida que destrói a economia brasileira, já que não
reduz custos - ao contrário, eleva-os - em um país já fragilizado, afastando,
inclusive novos investimentos no Brasil.
"Assim, temos um Estado inchado, sem crescer. Se não cresce, não tem imposto. Se não tem imposto pra manter a máquina, temos que aumentar imposto do pouco que vende. Vamos olhar além, olhar o contexto que estamos criando nesse país. Há de se ter muito cuidado. Esse país esta quebrando porque gastava-se mais protegendo alguns setores, e os mesmos setores continuam sendo protegidos", completa o consultor.
"Assim, temos um Estado inchado, sem crescer. Se não cresce, não tem imposto. Se não tem imposto pra manter a máquina, temos que aumentar imposto do pouco que vende. Vamos olhar além, olhar o contexto que estamos criando nesse país. Há de se ter muito cuidado. Esse país esta quebrando porque gastava-se mais protegendo alguns setores, e os mesmos setores continuam sendo protegidos", completa o consultor.
Fonte: Notícias
Agrícolas
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