O plano abrangerá de
forma integrada os modais rodoviário, ferroviário, aquaviário e aeroviário com o objetivo de gerar eficiência e competitividade.
Ministério da Infraestrutura
publicou portaria para iniciativa que busca desenvolvimento unificado entre
modais.
O
Minfra (Ministério da Infraestrutura) publicou, na última segunda-feira (24),
uma portaria que cria o Planejamento Integrado de Transportes, que abrangerá de
forma integrada os modais rodoviário, ferroviário, aquaviário e aeroviário, as
ligações viárias e logísticas entre esses subsistemas e desses com os demais de
viação dos estados, do Distrito Federal e dos municípios. O objetivo é gerar
eficiência e competitividade.
A
norma planeja um olhar de trinta anos para o transporte de pessoas e cargas. O
início será com o Plano Nacional de Logística, de nível estratégico; depois,
serão desenvolvidos os planos de nível tático: portuário, hidroviário,
aeroviário e terrestre (que contemplará os modos rodoviário e ferroviário).
Para
o coordenador da FGV Transportes (Fundação Getúlio Vargas), Marcus Quintella,
sempre se fez necessário planejar o transporte de forma sistêmica, porém há uma
série de obstáculos que precisarão ser enfrentados. “O planejamento integrado
entre pessoas e bens é uma situação que não é imediata. É um projeto ambicioso
que deve levar algum tempo, devido a uma série de dificuldades”, diz. Ele
destaca, entre esses desafios, os relacionados a questões físicas e
tributárias. “Na parte de bens, fala-se da multimodalidade para transportar de
A até B com um mesmo procedimento de frete, com um único documento, o de
transporte eletrônico. Vai começar pelas rodovias? Deve ter toda a integração
com os outros modais. Temos dificuldades físicas nas ferrovias, como por
exemplo o direito de passagem, além da parte tributária dos estados. Já a parte
portuária e aérea devem ser integradas com os centros de distribuição. Quando
falamos em passageiros é ainda mais complexo. Temos o longa distância,
interestadual, além das áreas urbanas, onde é ainda mais difícil. Vai ser lento
e gradual”.
O
Planejamento Integrado de Transportes será atualizado a cada quatro anos e
servirá como base para elaboração do PPA (Plano Plurianual). Ainda está
previsto o Plano Geral de Parcerias, para fomentar a qualificação de projetos
para o PPI (Programa de Parcerias de Investimentos).
Fonte: Agência CNT Transporte Atual