TRANSPORTE TEM QUEDA DE 8,5% NO PRIMEIRO SEMESTRE
Análise da CNT aponta que, nos seis primeiros meses deste ano, os
segmentos com maior retração foram os de transportes aéreo e terrestre.
O setor de transporte, serviços auxiliares e correio registrou, no
primeiro semestre de 2020, queda de 8,5% no volume de serviços, na comparação
com o mesmo período do ano passado. Segundo análise da CNT (Confederação
Nacional do Transporte) – que utiliza os dados da PMS/IBGE (Pesquisa Mensal de
Serviços, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) –, nos seis
primeiros meses deste ano, os segmentos de transporte com maior retração foram
o aéreo, que recuou 35,2%; e o terrestre, com -13,4%. O transporte aquaviário,
mesmo com a crise provocada pela pandemia do novo coronavírus, cresceu 13,7%.
Já na análise de junho deste ano, após dois meses de queda, o
volume de serviços do setor de transporte cresceu 6,9%, quando comparado com
maio de 2020. Grande parte desse desempenho se deveu ao crescimento do
transporte aéreo no mês de junho, que registrou incremento de 58,9%. Apesar de
alto, cabe destacar que esse percentual se deve em função de a comparação se
dar sobre uma base bastante reduzida no mês anterior. Também contribuíram para
o resultado positivo os segmentos de armazenagem, serviços auxiliares aos
transportes e correio, com elevação de 4,5%, e o terrestre, com +3,6%. No mesmo
período, o transporte aquaviário caiu 2,3%.
Quando comparados os meses de junho e fevereiro (pré-crise) deste
ano, os números mostram que o transporte aéreo teve redução de 63,7% no volume
de serviços. Já o volume de serviços prestados pelo transporte terrestre, em
junho, foi 21,3% menor que o observado em fevereiro.
O presidente da CNT, Vander Costa, afirma que o transporte foi
atingido, no primeiro semestre deste ano, por uma crise sem precedentes, que
abalou fortemente alguns segmentos. De acordo com ele, apesar de o setor já ter
dado alguns sinais de recuperação, ainda há um longo caminho a percorrer para
alcançar os patamares econômicos pré-crise. “Estamos iniciando um processo
lento de recuperação, e os números de junho mostram isso. Mas o setor ainda se
ressente da maior crise econômica já enfrentada. Esperamos que, nos próximos
meses, a atividade econômica reaja e que os nossos indicadores possam se
aproximar ao máximo daqueles registrados antes da pandemia.”
FONTE: Agência CNT Transporte Atual