Presidente do SETCESP alerta sobre o risco de fechamento de transportadoras após aumento do óleo diesel.
08/12/2016 - O presidente do SETCESP, Tayguara Helou, afirmou que a crise
econômica do país, aliada ao recente repasse de 9,5% no preço do óleo diesel,
pode ser fatal para empresas do setor de transporte de cargas
Diferente do que ocorreu na última
revisão dos preços dos combustíveis, há menos de um mês, quando o preço do óleo
diesel na refinaria foi reduzido em 10,4%, mas os ganhos se diluíram entre a
distribuição e revenda de combustíveis, dessa a vez o aumento no combustível
provavelmente será sentido no bolso dos transportadores.
O motivo para essa expectativa se baseia
no anúncio da Petrobras da última segunda-feira (05/12/2016), no qual a
companhia comunicou o reajuste do preço do litro do óleo diesel em 9,5%, em
média na refinaria, ou de R$ 0,17 na bomba, se repassado integralmente para os
consumidores.
Para o presidente do SETCESP, Tayguara
Helou, o aumento é inoportuno, pois não leva em conta a redução anterior do
preço: “Quando houve a diminuição dos valores de combustível, essas variações
efetivamente não chegaram aos postos de gasolina, aos transportadores e ao
consumidor final, ou seja, houve a redução, mas o consumidor final não a
sentiu”, afirma.
O recente aumento, somado a não repasse
no abatimento do preço nos postos de gasolina, interfere diretamente nos custos
do setor de transportes de cargas, visto que os encargos com o óleo diesel
representam de 25% a 30% nas despesas médias das transportadoras.
Segundo Helou, a crise econômica que
atinge o país, em conjunto com o aumento no preço do combustível, pode impactar
financeiramente nas empresas do setor, levando-as ao fechamento:
“O SETCESP é totalmente contra o aumento
do combustível no país, porque passamos por um dos piores cenários econômicos
da história do nosso país. Além disso, por ser um dos itens mais onerosos na
planilha de custo das transportadoras, este aumento enterraria definitivamente
diversas empresas do setor, não é justo aumentar o preço agora se não houve a
redução no passado recente”.
Ainda de acordo com Helou, a expectativa
é que a entidade interceda junto ao governo e a Petrobrás para que o preço do
óleo diesel seja revisto para baixo.
Fonte da informação: SETCESP – Sindicato
das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região
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