28/06/2018 - O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal
Federal, recebe novamente hoje representantes do setor produtivo e dos
caminhoneiros, em busca de acordo sobre o preço do frete.
Numa primeira
audiência na semana passada, a Confederação Nacional dos Transportadores
Autônomos (CNTA) defendeu o preço mínimo.
Já a CNI
(confederação da indústria) e a CNA (da agricultura) insistiram numa tabela com
preços de referência.
Diante do
impasse, o ministro deu uma semana para que os dois lados chegassem a um
consenso. Se isso não ocorrer, o tema irá para audiência pública no dia 27 de
agosto.
O setor
produtivo brasileiro continua pressionando o governo para uma revisão do
tabelamento do frete.
Uma ação da ATR
(Associação do Transporte Rodoviário de Cargas no Brasil) contra a medida está
sendo apoiada por várias outras associações.
A Abiove, que
representa a indústria de óleos vegetais, estima um custo de R$ 53,2 bilhões
para o para o setor produtivo com o tabelamento. Em seu segmento, a Abiove diz
que, até o fim do ano, as perdas podem chegar a US$ 11,8 bilhões.
A Abir, que
reúne a indústria de refrigerantes, avalia que a tabela promoverá um aumento de
mais de 30% no custo do frete. Isso acarretará reajuste de até 10% no preço
final do produto: o sobrepreço poderá chegar a R$ 7 bilhões.
A Anda, do
setor de adubos, fala em custo extra de R$ 3 bilhões ao setor, que será
repassado ao agricultor. A CNA diz que o setor perde R$ 500 milhões ao dia.
A Abia, que
representa a indústria de alimentação, diz que a absorção do aumento da tabela
levaria a R$ 23 bilhões anuais em perdas.
Fonte da
informação: Folhapress
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